quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Coluna da Maria Coutinho

Pinguela mata burro, arte na rota do Pacífico…
Dizem que visitar o Alto Acre é pura emoção. O percurso sinistro da BR 317, não é para qualquer um. O rali compreende 346km de caminho tortuoso, com perigos evidentes e dificuldades gigantescas. A rodovia estreita, esburacada e mal sinalizada exige habilidade dos motoristas e resistência das máquinas.
A estrada do Pacífico…
…de fama internacional e trânsito intenso apresenta instabilidade no solo, a falta de conservação deixa a BR quase intrafegável. Os acidentes na via são constantes e os problemas se agravam no período invernoso.
A ponte que integra a BR 317.
Com a construção da ponte José Augusto, sobre o rio Acre na década de 80, a travessia de Epitaciolândia e Brasiléia exibiu progresso. As catraias e balsas arcaicas, desapareceram. A vida na região ganhou comodidade e praticidade.
Veículos praticamente degladiam pelo acesso à ponte José Augusto – Foto: Alexandre Lima/arquivo pessoal
Presente de grego
Mas, essa via de circulação regional essencial a comunidade, apresenta grande risco no trajeto diário.
A importância da Ponte.
A sorte não abandonou os habitantes dos Altos. A metálica mesmo em ruína, resiste ao tempo. E quando as enchentes isolam as comunidades vira ponto de acesso dos socorristas aos desabrigados.
Arena de atritos
Com o agravo dos problemas estruturais da ponte as denúncias de abandono se intensificaram.  A população cobra dos políticos as promessas de campanha que se arrastam por décadas.
O que precisa acontecer para o socorro chegar?
Se as reivindicações da fronteira não sensibilizarem as autoridades competentes, as tragédias nesse trecho acontecerão num curto espaço de tempo.
A derrota.
Pensar em melhorias efetivas nas regiões aonde as visitas se intensificam em período eleitoral é perca de tempo e dinheiro para muitos, nesse país.
Se queres conhecer seus gestores, conheça sua cidade…
…e reconheça suas necessidades. Os maus-representantes desconstroem o respeito, praticam a política do “pão e circo”, reforçam a alienação, os sonhos e os medos.
Fatiando ironias: expectativas x realidade.
Aos senhores representantes…
…da nação acreana que fatiam ilusões, a ponte José Augusto é antiga com peças desgastadas pelo tempo, mas a idade da construção em nada interfere em seu uso diário.
No trecho metálico…
…trafegam veículos pesadas, prova sensata de que a envelhecida ponte aguenta repuxo até a próxima campanha política.
A travessia do rio…
no Alto Acre privilegia a todos. A arquitetura de mão única é regulada por semáforos, conservação adequada, passarelas de ciclistas e pedestres, iluminação apropriada e segurança absoluta.
O crescimento populacional…
…, a expansão territorial e o aumento da frota automotiva, não justificam a necessidade de construção de outra ponte para viabilizar a trafegabilidade regional.
A velha Ponte…
…existente, atende perfeitamente mais de cinquenta mil habitantes em todo o alto Acre e recepciona plenamente os visitantes.
Engarrafamento…
…e fila dupla não há.  A travessia é maravilhosa, o transito organizado, o eixo entre Brasiléia e Epitaciolândia não oferece riscos e nem problemas a quem precisar cruzar as cidades.
Pinguela ou mata burro na ponte?
Que nada! A manutenção permanente dispensa paliativos. A pinguela/mata burro da Ponte José Augusto na fronteira Acreana é na verdade, o toque de modernidade que faltava na rota do Pacífico.

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