quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson morre aos 50 anos, diz legista

Rei do pop foi levado a hospital de Los Angeles nesta quinta (25). Segundo NYT, morte teria ocorrido às 17h07, horário de Brasília.

Foto: AFPFoto: AFP

Michael Jackson em foto de junho de 2005. (Foto: AFP)

Um legista confirmou a morte do cantor Michael Jackson nesta quinta-feira. O cantor, que estava com 50 anos, foi levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center na tarde desta quinta-feira. De acordo com o jornal "Los Angeles Times", ele não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa. Eles realizaram reanimação cardiopulmonar no local antes de conduzir Jackson para o hospital.

Os jornais "Los Angeles Times", "New York Times" e as redes de TV Fox News, CNN, NBC e ABC também confirmaram a informação.

O site de celebridades TMZ - primeiro a noticiar a morte - e a agência de notícias Associated Press deram a informação citando fontes próximas ao cantor.

A Fox News afirmou que uma entrevista coletiva será realizada em breve no hospital.

Em seu site, o "NYT" disse que uma autoridade da cidade de Los Angeles confirmou que Michael Jackson morreu. O oficial afirmou que ele morreu à 1h07 PM, horário do Pacífico [17h07, Brasília]".

De acordo com a rede de TV CNN, Randy Jackson, irmão do cantor, afirmou que ele sofreu "um colapso em sua casa". Familiares do músico foram chamados ao hospital.

De acordo com nota publicada no site do "LA Times", o oficial Steve Ruda disse que Jackson não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa. Eles realizaram reanimação cardiopulmonar no local antes de conduzir Jackson para o hospital.

Procurado pelo site especializado em celebridades "E! Online", o pai do astro, Joe Jackson, disse que ele teve uma parada cardíaca. "Ele não está bem", afirmou. "A mãe dele está indo para o hospital neste momento para vê-lo. Não tenho certeza do que aconteceu. Estou esperando uma resposta deles."

O porta-voz do corpo de bombeiros de Los Angeles, Devin Gales, não confirmou a identidade de Jackson, mas disse que os paramédicos atenderam a um chamado feito no endereço do cantor às 12h21 locais.

Procurado pela AFP, o agente do cantor, Tohme E. Tohme, não foi encontrado para comentar a internação.

Tentativa de retorno

Michael Jackson, que completou 50 anos em 2008, anunciou em maio o adiamento de alguns dos shows de uma extensa temporada que ele faria em Londres neste ano.

A noite de abertura na O2 Arena, marcada inicialmente para o dia 8 de julho, foi remarcada para o dia 13 do mesmo mês, segundo os produtores. Além disso, algumas apresentações foram transferidas para 2010.

O adiamento das datas aumentou as especulações de que Jackson estaria sofrendo de problemas de saúde.



fonte: www.oaltoacre.com

terça-feira, 16 de junho de 2009

Queda do dólar no Brasil animam comerciantes na zona franca da Bolívia

Comerciantes de Cobija, cidade boliviana localizada na fronteira com o Brasil, na altura de Brasiléia, no Acre, estão animados com a queda do dólar. É que o local é uma zona franca do país e o preço dos produtos importados vendidos aos brasileiros são calculados em dólar. Não há um valor fixo, mas atualmente as lojas tomam por base a unidade da moeda americana.

O feriado de Corpus Christi, associado à queda do dólar, fizeram com que a cidade boliviana recebesse muitos brasileiros nos últimos dias. Cobija é o paraíso dos produtos eletro-eletrônicos e de vestuário. Lá, se vende tudo: desde pen drives – que podem custar até 18 reais - a máquinas de lavar, passando por notebooks e motocicletas – uma de 125 cilindradas é vendida a 2.400 reais.

Pechinchar é obrigatório em Cobija. Os preços já em contam caem ainda mais. Porém, há também um enxame de produtos falsificados. É preciso ir às lojas que só comercializam produtos originais.

A alfândega brasileira permite a entrada no País de 300 dólares em compra. É preciso declarar na chegada ao Brasil os produtos adquiridos no lado boliviano.

Uma das maiores atrações da cidade, além das compras, é o Museu de História Natural. O local possui diversos animais da região expostos conservados. Uma das curiosidades encontrada no espaço é um bezerro de duas cabeças. Atualmente, o museu apresenta também exposição da história da exploração da borracha e da castanha.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Escravidão persiste no Brasil

Crime // Quase 200 pessoas, neste ano, foram retiradas das fazendas por trabalhar nesta condição
Leonel Rocha // Do Correio Braziliense


Brasília - Quando assinou a Lei Áurea, a princesa Isabel não imaginava que, 121 anos depois, milhares de pessoas continuariam sendo escravizadas no Brasil. Só neste ano, quase 200 trabalhadores foram libertados por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Eram explorados em 21 fazendas onde viviam em condições degradantes, sem carteira assinada, impedidos de deixar o serviço e recebendo comida como pagamento. No ano passado, mais de 5 mil operários foram localizados nessas condições, consideradas criminosas há mais de 60 anos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Nos últimos oito anos, mais de 31 mil pessoas foram libertadas pelo grupo móvel do MTE, que constatou a ilegalidade em mais de 1,7 mil fazendas. Nesse período, os fiscais lavraram multas de quase R$ 48 milhões, questionadas na Justiça pelos fazendeiros. O Brasil reconheceu, há cinco anos, perante a ONU, que existem pelo menos 25 mil pessoas reduzidas anualmente à condição de escravos. A estimativa foi feita pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Igreja Católica, e acatada como a projeção mais precisa, uma vez que a entidade recebe as denúncias e acompanha as libertações nos locais mais distantes. A maioria ocorre nas áreas de fronteira agrícola, onde os trabalhadores são recrutados por intermediários chamados "gatos". A escravidão concentra-se em fazendas do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí e Minas Gerais. No recrutamento, são propostos ocupação imediata, mas terminam cobrando o transporte, a comida e roupas do aliciado.

O crime de trabalho escravo é caracterizado por jornada exaustiva, condições degradantes de trabalho e restrição à liberdade em razão de dívida contraída com o empregador ou superior. "Socialmente, esse é o problema que mais viola a integridade das pessoas", lamenta Cláudio Montesso, presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra). Apesar disso, há quase 14 anos senadores e deputados não conseguem resolver o impasse sobre a inclusão do termo "expropriação" da propriedade como punição constitucional da prática de escravidão. Para pressionar o Congresso a votar a emenda, o movimento pela erradicação do trabalho escravo já conta com mais de 200 mil assinaturas exigindo a votação imediata do texto.